(Foto: Reprodução/TV TEM)
O Sindicato dos Trabalhadores da Construção de São Paulo (Sintracon-SP) relatou que 57 trabalhadores da construção morreram em São Paulo, Brasil, devido ao COVID-19. As notícias trágicas chegaram quando a indústria da construção, classificada como uma atividade essencial pelo governo, continua operando durante todo a quarentena, com muitas canteiras sofrendo de más condições de saúde e segurança.
De acordo com o Presidente do Sintracon-SP, Antonio Ramalho, o número de óbitos pode ser ainda maior. Ele disse que muitos casos suspeitos aguardam confirmação e muitas construtoras não notificaram as autoridades dos casos em seus canteiros.
O estado de São Paulo possui 680.000 trabalhadores da construção civil. Até o momento, apenas 15.000 foram testados, criando anticorpos para apenas 28% da força de trabalho.
Ramalho teme que muitos trabalhadores da construção sejam portadores assintomáticos do COVID-19. "Quantos desses trabalhadores, forçados a trabalhar, passaram o vírus sem saber para seus companheiros? Quantos trabalhadores foram realmente infectados?", perguntou ele.
A ICM e o Sintracon-SP expressaram sua tristeza pela morte dos 57 trabalhadores. Juntaram-se às famílias dos trabalhadores e ao movimento trabalhista brasileiro em luto por essa trágica perda de vidas.
Até 2 de junho, o Brasil tinha um total de 529.000 casos confirmados de COVID-19 e 30.058 mortes. O pais ocupa o segundo lugar na lista de países do mundo (ao lado dos Estados Unidos) com a maioria dos casos de COVID-19.