O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada do Estado do Paraná (SINTRAPAV-PR) concluiu com sucesso um acordo com seu empregador para o retorno seguro às famílias de 6.000 trabalhadores da construção civil com passagens, salários e benefícios. O acordo foi alcançado como parte da proteção dos trabalhadores pelo COVID-19.
"O diálogo direto e respeitoso com a empresa Kablin nos permitiu chegar a um acordo com para interromper temporariamente todos os projetos de construção, garantindo nossos direitos trabalhistas e bem-estar sob o Acordo Coletivo nacional", disse o Presidente do SINTRAPAV-PR, Raimundo R. Santos Filho.
Filho relatou que o acordo garantia a saúde, a segurança e a renda de seus membros. Ressaltou que o acordo beneficiará igualmente o empreendimento, pois é garantido a trabalhadores saudáveis e capazes, que se comprometeram a voltar ao trabalho após a crise da saúde.
O sindicato afiliado da ICM disse que a decisão de encerrar o Projeto Puma II da Klabin Celulose e Pape, que é considerado um dos maiores investimentos privados no Brasil, foi resultado de discussões com trabalhadores e comunidades locais, expressando medo pela disseminação do COVID-19. O projeto interrompeu temporariamente suas operações e será retomado em 15 de abril.
O Projeto Puma II representa um investimento de 9,1 bilhões de reais para a ampliação da capacidade de produção de celulose da fábrica existente e a montagem de duas máquinas de papel de fibras curtas e mistas. O projeto conta com financiamento do Banco Mundial, que recentemente auditou a obra e entrevistou os dirigentes do SINTRAPAV-PR. Parte dos trabalhadores são organizados pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Telêmaco Borba (STICM-TB), também afiliado a ICM.