A ICM demanda a retomada do investimento em habitação popular no Brasil
Para entender os principais aspectos do atual déficit habitacional brasileiro e mensurar a redução de recursos para políticas públicas direcionadas à questão habitacional, a Internacional de Trabalhadores da Construção e da Madeira (ICM), em parceria com FES, FETRACONSPAR, CONTRICOM e DIEESE, produziu um documento que analisa os Impactos Econômicos dos Cortes no Programa Casa Verde Amarela (substituto do Programa Minha Casa Minha Vida).
O déficit habitacional brasileiro era de 5,9 milhões de domicílios em 2019, ou seja, 8% do total dos domicílios do país. Apesar disso, o governo federal reduziu drasticamente os recursos destinados à construção de moradias e redução desse déficit.
Com o novo Programa, o governo passou de uma média anual de R$ 11,3 bilhões (de 2009 a 2019) para apenas R$ 27 milhões em investimento, até agosto de 2021. De acordo com a análise produzida pela Internacional de Trabalhadores da Construção Civil e da Madeira estima-se que, com o investimento reduzido, o Programa Casa Verde Amarela deixou de gerar 365.040 postos de trabalho, de arrecadar R$ 2,8 bilhões em impostos e impediu o crescimento do valor adicionado em R$ 16,2 bilhões na economia brasileira. Também impediu o crescimento da massa salarial em R$ 5,7 bilhões de salários e R$ 1,2 bilhão de arrecadação da previdência social e do FGTS.
Neste contexto, a ICM está realizando uma missão à Brasília para apresentar estes resultados a autoridades federais para a retomada do programa no próximo orçamento federal. Leer en português.